sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Arte X Linguagem 1

Abrindo o bloquinho...
Tenho cá para mim que é mais direto dizer o que não é Arte. Discorrer sobre os derivados fica bem mais em conta. Os objetos produzem contrastes bem mais sensíveis de serem percebidos.

Em se tratando de Arte , tenho dito, discorremos naturalmente de um tomando pelo outro. Do objeto artístico como sendo Arte . E não dessa coisa mágica que toca os objetos ordinários recolocando-os em outra dimensão, um novo significado, um novo valor.

Pensando que a Filosofia pavimenta por meio das palavras um caminho rumo ao conhecimento - Sapiência. E, há um sem número de técnicas para por meio das palavras chegar a essência das coisas. A Arte seria então, seria essa coisa que se utilizaria da linguagem não-verbal para se apreender o conhecimento. Saber.
A filosofia pela Linguagem a Arte pela Não-linguagem.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Informação X Formação, Eduação e Memória

Como transformar as escolas em lugares felizes (para os alunos e os professores) com um mínimo de mudança na infra-estrutura já existente




Escrito por Marsha Hanzi   

Porque as escolas têm a atual estrutura:
Poucos sabem que as escolas atuais foram criadas para adestrar operários de fábrica. Sabia-se que os filhos de agricultores não agüentariam dias rotineiros e repetitivos se não fossem adestrados para tal desde a mais tenra idade. Assim, criou-se uma instituição que exigia restrição de movimento, nenhuma autonomia de decisão sobre a vida, obediência a todo custo e certas habilidades reduzidas tais como produção de relatórios, matemática simples e a memorização de assuntos necessários para uma participação na vida política como cidadão “correto” (que vota sem questionar).
A meta era de criar o “homem robô” como parte da máquina industrial. Felizmente esta necessidade acabou, já que as máquinas sofisticadas assumiram estas tarefas. Tragicamente, as escolas não se adaptaram ao mundo do novo milênio, que exige habilidades e conhecimentos totalmente diferentes da Era Industrial.
(Quem duvida destas afirmações só precisa olhar o formato das escolas, com as barras nas janelas, movidos à sirene, para ver a analogia destas com fábricas).
Em vez de tentar tornar o currículo, hoje inapropriado para a Era da Informação, mais palatável e prazeroso, exigindo enormes esforços da parte do professor, deve-se perguntar: “O que são as habilidades e os conhecimentos necessários para o novo milênio?”
Características do mundo de hoje:
O mundo moderno é profundamente instável.  Viver neste mundo exige enorme jogo de cintura, leitura de sinais de mudanças e empreendedorismo. Emprego não é mais garantia, já que os salários estão baixos e a estabilidade inexistente. Os governos estão falidos, com cada vez mais dificuldade de pagar as aposentadorias, exigindo que cada um administre suas próprias finanças, se quiser garantir uma velhice segura.
Algumas habilidades necessárias para este novo mundo:
Saber reconhecer oportunidades e criar em cima delas;
Saber administrar e investir o dinheiro;
Saber fazer um plano de negócios e implementá-lo;
Conhecer seus próprios talentos e desenvolvê-los;
Negociar
Dialogar
Descobrir a sua paixão.
A vida prática: cozinhar, pintar, construir, costurar...
Valores para o novo milênio
O mundo enfrenta uma mudança profunda de valores, na procura da sobrevivência da humanidade e do próprio Planeta.  O enfoque da ecologia nos ensina que tudo está conectado, que nenhum empreendimento existe fora de um contexto ecológico, social e econômico. Se o velho paradigma da Era Industrial era “cada um por si e Deus por todos”, hoje se sabe que este enfoque competitivo de “uns ganham, outros perdem” leva à guerra e à destruição da Natureza e da sociedade. Cria um mundo cinza e triste.
As escolas de hoje precisam levar os estudantes a reconhecer que tudo acontece num contexto, e que só os empreendimentos onde todos ganham (o consumidor, a Natureza, a sociedade) terão sucesso real e duradouro. (O “win-win” em inglês.) Muitas firmas já reconhecem este fato e lucram com estes ajustes em direção à responsabilidade ecológica e social.
Valores, contexto, empreendedorismo não se ensinam na sala de aula. É na vida real que isto acontece.  Talentos e paixão também não se ensinam, se descobrem. Também isto implica na individualidade de cada aluno, que o currículo massificante de hoje tenta apagar.
O currículo de hoje tenta transmitir informações, uma idéia absurda, quando a informação se transforma diariamente e fica à distância de uma tecla. As escolas de hoje precisam fomentar habilidades dentro das quais é saber como adquirir as informações necessárias. Memorizar dados vem dos tempos medievais, onde ainda não havia livros... Também é absurdo de presumir que só o professor sabe, quando muitas vezes os conhecimentos dos alunos são muito mais atualizados. Em vez de “ensinar” os professores precisam uma postura de “apoiar” as pesquisas do próprio aluno.
Como transformar o contexto da escola
Já existem dezenas de escolas que trabalham com o novo paradigma, dando liberdade aos alunos de escolher suas próprias áreas de estudo. Nestas escolas os alunos são felizes, e trabalham muito mais do que nas escolas institucionalizadas. (Vejam http://www.sudval.org/ e http://www.lumiar.org/ para exemplos). Quando adultos, mostram alto grau de empreendedorismo, como donos de negócios, profissionais e artistas.
Mas abolir o currículo exige a transformação de espaços e de tempos muito difíceis para uma escola já estabelecida.  Dar liberdade aos alunos assusta tanto os pais quanto os professores. (Toda criança entende imediatamente esta proposta!) É preciso mais passos de transição para que toda a sociedade se acostume com esta idéia.
Alguns dos passos:
Tirar os estudantes da sala de aula o máximo possível;
Trabalhar com projetos reais e abertos o bastante para exigir autonomia dos estudantes (exemplo: “criar algo em benefício da sua comunidade”). Em projetos mais , novos talentos e habilidades vão surgir: os jovens com dons práticos terão sua vez, o que não acontece na sala de aula;
Considerar a comunidade toda como “sala de aula” e os diversos profissionais os “mestres em potencial”;
Deixar os alunos participar no processo de planejamento. São inteligentes e sabem o que o mundo exige deles.
Um currículo baseado em projetos reais desenvolveria as habilidades necessárias para o mundo moderno. E os alunos e os professores serão muito mais felizes, já que resgata a criatividade e a individualidade dentro do processo educacional.

Como transformar as escolas em lugares felizes (para os alunos e os professores) com um mínimo de mudança na infra-estrutura já existente





Como transformar as escolas em lugares felizes (para os alunos e os professores) com um mínimo de mudança na infra-estrutura já existente




Escrito por Marsha Hanzi   
mhanzi@yahoo. com

http://www.marsha.com.br/index.php/transformacao-das-escolas

 Fico doido quando me confronto com textos que dão a entender que a culpa pelas mazelas por que passa a  educação seja por conta do professor. Não é. É de todos nós, sem distinção. Aqui vai minha reflexão rápida e sob o calor das emoções
.

Nossa!. Sim é possível.

No entanto algumas considerações.
Dificilmente montaremos esses oásis de felicidade sobre os alicerces dessas escolas viciadas que por hora temos, a maquiagem com certeza mais rapidamente havera de escorrer, evidênciando as contradições de reformas superficiais.

Tá certo que essa escola foi criada com essa premissa, o adestramento, com intuito de imbuir em nós determinadas competências ou tolher a autonomia. Mais. Qualquer escola, a velha ou uma nova também terá como objetivo o adestramento em função das novas perrogativas e necessidades. Que não são minhas, nem suas e nem novas.
Outra. Nem todos nasceram para ser administrador, investidor ou vendedor.
Colocações conflitantes.
                                    "O mundo moderno é profundamente instável.  Viver neste mundo exige enorme     jogo de cintura, leitura de sinais de mudanças e empreendedorismo. Emprego não é mais garantia, já que os salários estão baixos e a estabilidade inexistente. "  

Aonde e qual escola ou agremiação poderão forjar massivamente sujeitos com  mesmas características? Sem que com isso instaure em seu cerne a depressão, fobias, alienados e estados constante de estresse? Gerando com isso enormidades de doenças. As industrias farmaceuticas agradeçem, médicos também.

                                     "O currículo de hoje tenta transmitir informações, uma idéia absurda, quando a informação se transforma diariamente e fica à distância de uma tecla. As escolas de hoje precisam fomentar habilidades dentro das quais é saber como adquirir as informações necessárias. "

Informação não é formação. Está certo. Pode excluir com certeza a escola, por exemplo, os laboratórios de informatica. Absurdo!?!? Não são em sua maioria subutilizados e a cultura de negação vastamente utilizada, não pode fazer isso, não pode entrar naquilo, esse horário não dá, cadê seu professor, tá fechado, tá isso, tá aquilo.
E outra, a substituição do cérebro natural pelo tecnologico, do natural pelo artificial promovido desse a Era Moderna até os dias de hoje é o que tem feito do Homem um homem incompleto. A memória tem função impressindivel a uma pessoa que pretende a Formação integral, não eduação, digo.
Alguém com memória sabe de onde vem, para onde vai, ou se não vai. Sabe também, aonde esta ou se pretende permaneçer. Ferramenta do "intelegere". Delegar a outrem a memória é de bom grado se entregar a condição de títere.
Mais uma certeza. Do jeito que as coisas andam, pode muito bem substituir o profissonal que não dá conta daquilo para o qual foi formado, por o conceito de educação à distância. Sem prejuizo.
Ainda, a  escola me parece, tem se tornado débil.
Para usar alguns termos que permeia o conceito de escola de negocios que descreve, digo que hoje ela não conheçe seus "clientes" é refem de suas "negociatas", "mal geridas" e de "perfil" indefinido.

Mas, o Homem permaneçe o mesmo, as demandas que tem sido diferentes. Confio no Homem.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Artefatos arqueológicos

Visitando uma outra residência na Rua do Vigário em Jaraguá - GO, registrei a descoberta de restos de uma tigela em porcelana que pelo motivo, presumi ser chinês. além da porcelana varios cacos de frascos de vidros, ampolas quebadas ou inteiras contendo líquido. Foi feito prospecção da parede de uns dos cômodos, deixando a mostra um interessante barrado pintado. A casa possue forração tipo gamela, decorada com pinturas representando cenas diversas.

                                  Porcelana chinesa ou faiança - Craquelamento miudo e uniforme.


Decoração em azul - fitomorfico

Frascos, ampolas e metais diversos.


Barrado em azul e amarelo dourado - Folhas e flores


Detalhe de um dos cantos do forro. Cena com pássaro e edificio.


                                                                         Centro